Charlie Hebdo” traz na capa o líder turco, Recep Tayyip Erdogan, deitado numa cama vestido de cuecas com uma mulher islâmica quase nua

As provocações dos franceses estão cada vez mais acirradas contra extremistas islâmicos, após o professor de História, Samuel Paty, ser decapitado por um aluno de 18 anos, ao mostrar em sala de aula charges do profeta Maomé. O assassinado do educador francês revoltou o país.

E quem sai na dianteira dessas insinuações é o polêmico jornal satírico francês “Charlie Hebdo”, que traz na capa o líder turco, Recep Tayyip Erdogan, deitado numa cama vestido de cuecas e camisa branca, com uma bebida de lata na mão, junto a uma mulher islâmica parcialmente nua.

Foi como se jogasse gasolina no fogo. O Governo da Turquia disse nesta quarta-feira que irá tomar medidas legais e diplomáticas perante a caricatura de Recep Tayyip Erdogan, o presidente do país, no jornal satírico francês Charlie Hebdo.

"O nosso povo não pode ter dúvidas de que todas as medidas legais e diplomáticas necessárias serão tomadas contra a caricatura em questão. A nossa batalha contra essas medidas rudes, mal-intencionadas e insultuosas continuará até ao fim com determinação", anunciou a diretoria de comunicação do governo turco.

As autoridades turcas condenam a caricatura, com o porta-voz do presidente a afirmar que a mesma não mostra qualquer respeito "por nenhuma crença, sacralidade e valores".

A imagem mostra "vulgaridade e imoralidade" e que não deve ser considerada liberdade de expressão, criticam os turcos.

No fim de semana passado, Emmanuel Macron foi atacado por Erdogan, que considerou que o homólogo precisava de um exame de saúde mental, o que levou a França a retirar o seu embaixador em Ancara. Esta segunda-feira, o presidente da Turquia apelou a um boicote aos produtos franceses.

Walther Alvarenga

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