É o dia da transformação, e a partir de hoje, a América confiará o destino da Nação a Joe Biden, mesmo que em um cenário surreal, na capital esvaziada pela pandemia e temores de outros distúrbios. É o início de uma nova história dos EUA

 

Em evento histórico, Joe Biden assume nesta quarta-feira – ao meio-dia –,  a presidência dos EUA – Kamala Harris é a vice-presidente –, em momento em que o país atravessa situação sombria com avanço da Covid-19. Para Biden, uma festa não tradicional, sem carta de boas-vindas e mais militar do que convidados – 25 mil militares estão em alerta pelas ruas de Washington –, marcando a posse do 46º presidente americano – às 11h30 tem o início da cerimônia. 

É o dia da transformação, e a partir de hoje, a América confiará o destino da Nação a Biden, mesmo que em um cenário surreal, na capital esvaziada pela pandemia e temores de outros distúrbios.

A Casa Branca filtrou as tentativas de pressionar o Pentágono a fazer uma saudação com honras militares. Mas, em última análise, Trump deveria simplesmente embarcar no Força Aérea Um e pousar às 11h em Palm Beach. 


Biden e Kamala Harris


Ele sai exilado, reclamando até o fim "das eleições roubadas". Os serviços secretos irão escoltá-lo até Mar-a-Lago, e, às 12 horas, um oficial do exército desativará os códigos nucleares guardados na pasta do comandante em chefe.

 

Para o presidente democrata, uma série de desafios à frente, incluindo o controle de vacinação no país – Biden promete vacinar 100 milhões de americanos nos 100 primeiros dias de mandato; ajuda às empresas e também às pessoas que perderam emprego durante a pandemia. Para isso, Biden destinou 1,9 trilhão de dólares para cumprir com o que está sendo estabelecido no início do seu governo.

 Outro ponto importante será reinserir o país no Acordo Climático de Paris, o pacto global firmado há cinco anos entre quase 200 nações para diminuir o impacto das mudanças climáticas. A mudança acontecerá depois que o presidente Donald Trump retirou formalmente o país do acordo. A medida foi comemorada pelos líderes mundiais, que entendem a ação de Biden como um recado em prol do respeito ao meio ambiente.

 Outro desafio é a questão da Imigração:  Biden irá reaver a questão do DACA – favorecendo 800 mil jovens; também possibilitando os imigrantes indocumentados – os casos serão reavaliados –, de conseguir permanência nos EUA. Disse ainda que irá apresentar Plano de Reforma Imigratória no primeiro dia de governo.  

 

Cerimônia de posse

 

25 mil militares nas ruas

Às 11h30, começa a cerimônia oficial – os três ex-presidentes, Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama, ocuparão seus lugares no palco. Com eles as ex-primeiras damas, Hillary, Laura e Michelle. Desta vez, não haverá Jimmy Carter, 96, e Rosalynn, 93. O programa é rápido, alternando tradição e entretenimento. Lady Gaga vai cantar o hino nacional. A poetisa Amanda Gorman, de 22 anos, recitará algumas de suas composições – haverá pequeno show de Jennifer Lopez.

 Ás 12h, acontecerá o juramento de Joe e Kamala. É o momento mais simbolicamente importante. Joe Biden jura sobre a Constituição ao colocar a mão na Bíblia da família, apoiado por Jill e perante o presidente da Suprema Corte, John Roberts. Kamala Harris faz a mesma coisa com a juíza Sonia Sotomayor. 

Imediatamente depois, Biden aborda o primeiro discurso presidencial do país: "América Unida". Uma mensagem oposta ao "massacre americano" trumpiano de quatro anos atrás.

 Às 15h, homenagem ao Soldado Desconhecido. O novo presidente e seu vice, junto com os Clintons, Bushes e Obamas, farão uma parada no Cemitério Nacional de Arlington, onde depositarão uma coroa de flores na "Tumba do Soldado Desconhecido", uma homenagem ao anônimo americano caído.

 Em seguida, os Bidens e Harrises serão escoltados até a Casa Branca . Não haverá nenhum funcionário da antiga administração para recebê-los. Mas apenas o mordomo-chefe, Timothy Harleth.

 Às 17h, Biden e Harris estarão no Salão Oval. Os espectadores poderão acompanhar mais um longo espetáculo, "Parade Across America", com ligações aos 50 estados e seis territórios da União. 

Enquanto isso, Biden entrará no Salão Oval pela primeira vez como presidente. De acordo com as últimas informações, ele não deve encontrar a carta de seu antecessor: outro costume interrompido por Trump. 

 Biden e Harris começarão mandato com cerca de uma dúzia de ordens executivas para cancelar imediatamente o legado de Trump . Em particular sobre a crise econômica, pandemia, com a obrigatoriedade de máscara em prédios federais, e imigração.

 

Walther Alvarenga

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