Foram 232 votos a favor e 197 contra, e quatro deputados não votaram. Entre os que votaram a favor estão 10 membros do Partido Republicano, o mesmo de Trump. O processo segue para o Senado
Os desastrosos resultados da invasão do Capitólio
colocam o presidente Donald Trump em posição delicada na reta final de seu
mandato, com o segundo impeachment aprovado pela Câmara dos Representantes dos
EUA, por "incitação à insurreição" no motim da semana passada.
Nesta quarta-feira Trump se tornou o primeiro presidente americano a ter
dois processos de impeachment aprovados na Câmara. Ao contrário do processo
anterior, desta vez dez membros de seu próprio partido votaram a favor de
retirá-lo do cargo.
Foram 232 votos a favor e 197 contra, e quatro deputados não votaram.
Entre os que votaram a favor estão 10 membros do Partido Republicano, o mesmo
de Trump. Outros quatro republicanos não votaram. Os democratas foram unânimes
nos votos a favor. Processo segue para o Senado.
Trump foi considerado culpado por incitar à violência que resultou na
invasão do Capitólio, a sede do Congresso americano, na semana passada.
Antes, em 2020, ele havia sido declarado culpado por obstrução ao Congresso e
abuso de poder. Ele deve permanecer no cargo até a próxima quarta-feira (20),
quando Joe Biden toma posse como novo presidente dos EUA.
Val ressaltar que em seu primeiro processo, Trump foi absolvido no
Senado, de maioria republicana. Naquele caso, nenhum deputado de seu partido
votou por sua condenação, e apenas um senador o fez. Desta vez, dez
deputados republicanos foram favoráveis a seu afastamento.
Isso estabelece um recorde: antes, apenas cinco deputados tinham
votado pelo impeachment de um presidente de seu próprio partido, quando cinco
democratas ficaram contra Bill Clinton, em 1988.
Walther Alvarenga
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