No clássico, “Música no Coração”, como o Capitão Von Trapp, Christopher Plummer contracenou com Julie Andrews – o filme mais exibido no Natal em televisões de todo o mundo. O ator faleceu nesta sexta-feira, aos 91 anos, no estado de Connecticut, ao lado de Elaine Taylor, sua mulher há 53 anos

 

 Determinado, magnífico em suas atuações, o ator Christopher Plummer, de origem canadense, foi um marco do cinema. Ele morreu nesta sexta-feira, aos 91 anos, no estado de Connecticut, ao lado de Elaine Taylor, sua mulher há 53 anos. Segundo a família, faleceu em paz, deixando um legado de prêmios e admiradores em todo o mundo. E após a oficialização de sua morte, amigos do cinema, e demais personalidades externaram sentimentos.



E quem não se lembra de Plummer no clássico, “Música no Coração”, na pele do romântico Capitão Von Trapp, contracenando com a notável Julie Andrews? Outro detalhe: foi o ator mais velho da Academia de Hollywood a receber o Oscar – Melhor ator coadjuvante, aos 82 anos, em 2012, pela sua performance no longa “Beginnes”.

 Plummer nasceu dois anos depois de os primeiros óscares serem entregues. Quando recebeu o galardão da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, brincou a propósito do recorde que batera, dirigindo-se à estatueta:

 “Só tens mais dois anos do que eu! Por onde andaste toda a minha vida?” Nesse filme desempenhou o papel de Hal Fields, um homossexual que só na velhice assumia a sua identidade e uma relação com outro homem, contando tudo ao filho.

Um legado de com mais de 21 filmes, até 2019, incluindo vozes de desenhos animados (como fizera em “Up”, da Disney/Pixar). Em 2017 foi chamado na última hora quando os produtores de “Todo o dinheiro do mundo” decidiram voltar a filmar todas as cenas de Kevin Spacey, protagonista original, acusado de abusos sexuais. Plummer encarnou então o milionário Jean-Paul Getty. Recebeu assim a sua terceira nomeação para um Oscar aos 88 anos.

 

História

 Nascido com o nome Arthur Plummer, em Toronto, no Canadá, a 13 de dezembro de 1929, era neto de John Abbott, antigo primeiro-ministro do Canadá. Na escola quis ser pianista, mas acabou por juntar-se ao Montreal Repertory Theatre. A estreia nos filmes deu-se em 1958, com “Lágrimas da ribalta”, de Sidney Lumet. 

Sete anos depois viria o seu papel mais famoso, o do antinazi austríaco Georg von Trapp, em “Música no coração”, adaptação por Robert Wise do musical de Rodgers and Hammerstein em que contracenou com Julie Andrews. Ainda hoje é exibido em televisões e cinemas de todo o mundo no Natal.

 Plummer, que fazia de um viúvo pai de sete filhos, confessou detestar trabalhar com crianças e chamava à obra “Sound of Mucus” (som do ranho) em vez do título real “Sound of Music”, (som da música). Como tempo disse ter “feito as pazes” com o filme e ficado amicíssimo de Julie Andrews.

Walther Alvarenga

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