A conquista faz Ítalo Ferreira se consolidar como um dos grandes nomes da história do surfe na atualidade. Ele obteve a primeira medalha de ouro para o Brasil nas Olimpíadas de Tóquio, com um desempenho fenomenal na praia de Tsurigasaki
O surfista brasileiro fez e aconteceu na madrugada desta terça-feira, em Tóquio e conquistou a primeira medalha de ouro para o Brasil, nas Olimpíadas. Ítalo Ferreira, de 27 anos, natural de Baía Formosa (RN), é o primeiro campeão olímpico da história do surfe.
Ele alcançou o feito ao superar o japonês Kanoa Igarashi na final da modalidade, na praia de Tsurigasaki, por 15,14 a 6,60, concluindo uma participação praticamente perfeita na disputa. Na bateria decisiva, deu um show de manobras, mesmo após ter sua prancha quebrada logo no começo da bateria.
A
conquista faz Ítalo se consolidar como um dos grandes nomes da história do
surfe na atualidade. Afinal, além de ser o primeiro medalhista olímpico de ouro
da modalidade, também é o último campeão
mundial, em conquista assegurada em 2019 - em função da pandemia do
coronavírus, o campeonato não foi realizado no ano passado.
Emocionado, após a conquista do ouro, Ítalo disse que, "vim com uma frase para o Japão: diz amém que o ouro vem. Eu treinei muito nos últimos meses, mas só tenho que agradecer a Deus por tudo isso, realizou o meu sonho e me deu a oportunidade de fazer o que amo".
"Meu intuito é ajudar as pessoas e a minha
família. Entrei sem pressão na água e consegui o que queria."
"Queria que a minha avó estivesse viva para ver isso. Sou muito feliz pelo que me tornei, pelo que fiz pelos meus pais. Sempre pedi para que esse sonho fosse realizado e ele aconteceu. Almejei bastante e sonhei."
"A frase que falei está ao
lado da minha cama. Todos os dias eu orei às 3h da manhã, pedindo a Deus que
realizasse meu sonho", acrescentou emocionado.
A medalha
de Ítalo é a quinta do Brasil nesta edição das Olimpíadas,
se juntando às pratas de Kelvin Hoefler e Rayssa Leal no skate e aos bronzes de
Daniel Cargnin no judô e de Fernando Scheffer na natação.
Prancha quebrada
A bateria
decisiva começou com um problema inesperado para Ítalo, que viu a sua prancha
se quebrar na sua primeira onda na final. Mas nem esse contratempo parece ter
atrapalhado o brasileiro. Ele, afinal, logo conseguiu uma nota 7, emplacando
uma série de manobras e batendo forte no topo da onda. Na sequência, ainda
obteve um 5,5, abrindo uma boa vantagem.
Ele
entrou de backside em outra onda, bateu forte no topo da onda e trocou de nota,
por um 7,37. Assim, foi campeão com a vitória na bateria por 15,14 a 6,60,
derrotando o algoz de Gabriel Medina nas semifinais.
Walther Alvarenga
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