Concha Borrell, presidente do Sindicato das Profissionais do Sexo na Espanha,  disse que proibir a prostituição no país deixaria 400 mil mulheres sem trabalho


A presidente Concha  Borrell se manifestou publicamente, depois de o partido PSOE propôs alterar as medidas de exploração sexual.

A proposta do partido do governo de acabar com a prostituição e multar os clientes abre novamente o debate entre os partidos de esquerda e dentro do movimento feminista.

A discussão surge na sequência do 40.º Congresso do PSOE, ocorrido no fim de semana passado, em Valência, onde o partido defendeu a pretensão de aprovar nesta legislatura uma lei abrangente para abolir a prostituição.

A proposta que mais se realça é aquela que penalizaria o lucro com a locação de espaços como dependências, quartos ou negócios que são destinados à prostituição, e afetaria todas as profissionais do sexo que usam clubes ou a própria casa para trabalhar, uma vez que arrendar esses espaços passaria a ser ilegal.

Referindo-se ao tráfico de mulheres, Concha Borrell afirmou que isso ocorre em vários setores que não contratam as suas trabalhadoras, como a agricultura, o serviço doméstico ou o setor têxtil, mas que por "razões morais e ideológicas" apenas se refere esta realidade no campo da prostituição.

A presidente confirmou que está elaborando declaração para "pedir que as mulheres sejam ouvidas" e abrir um caminho para a regularização do setor com base no modelo da Nova Zelândia e uma reforma da lei de imigração.


Walther Alvarenga

 

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