Visivelmente irritada, a mulher apontava o sofrimento dos cavalos puxando carruagens pelo Central Park, com a pelagem suada, se debatendo o tempo todo embaixo de um sol fortíssimo

Um domingo que poderia ser romântico, com passeio de carruagem no Central Park, em Nova York, puxada por cavalo pelas ruas entrecortadas por pontes, fontes e estátuas, deu margem a duras críticas e bate-boca. 

Acontece que as temperaturas elevadas nessa época de verão deixam as pessoas sufocadas e, evidente, os animais se ressentem e pedem arrego, quando são explorados em baixo do sol, transportando pessoas o tempo todo. 

Os cavalos que puxavam carruagens no Central Park no domingo, estavam visivelmente exaustos com o calor, seguindo ofegantes, irritando uma turista brasileira.

Quem é ela? Uma paulistana de 57 anos, Ilcilene Campos – disse seu nome e fez questão de se identificar –, que colocou o dedo em riste para um dos condutores das carruagens – que estava estacionado aguardando clientes –,alegando “falta de respeito com os animais”.

Visivelmente irritada, a mulher apontava o sofrimento dos cavalos, com a pelagem suada, se debatendo o tempo todo, alegando maltrato aos animais. O seu apelo ganhou a adesão de algumas pessoas que pararam para ouvi-la e que concordaram ao perceber o desgaste dos cavalos.

O ato de repúdio daquela senhora durou poucos minutos, mas o suficiente para que todos ali se sentissem penalizados com os sacrificados animais, que seguiram trabalhando, ininterruptamente. Algumas famílias, inclusive, desistiram do passeio de carruagem, mas outros turistas pareciam não se importar e se acomodaram em seus assentos, impassíveis ao protesto.

A brasileira, acompanhada do esposo, se afastou resmungando e os indefesos cavalos puxadores de carruagens do Central Park continuaram com suas tarefas normalmente. Isso é Nova York, e ninguém irá se encorajar novamente para mostrar o que está acontecendo de errado com os pobres animais, caminhando ofegantes – capengando – pelas ruas do Central Park sob altíssimas temperaturas.

Walther Alvarenga

Post a Comment