Cabe a cada brasileiro o direito de abandonar o labirinto |
Momento de refletir e de não negociar o futuro das próximas
gerações
Por que o brasileiro caminha tão arredio? Cabisbaixo, observando inerte
situações que alarmam a cada momento devido ao comportamento irresponsável de
homens que detém o poder nesse país. O Brasil sofre com o ananismo político e todos
nós – cidadãos do bem – pagamos caro por isso! Os que prometeram representar e
defender o povo brasileiro se corromperam no caminho, estão contaminados e padecem
– infectados pela ganância e intenções que empurram a esperança para o abismo.
São
eles os grandes culpados! Um grupo de excelências, reunido em Brasília, que
manipula, confunde e ainda ousa apontar soluções mirabolantes, quando a
tempestade é devastadora e ameaça arrancar o teto de nossas casas. Mas por que
seguir a lugar nenhum?
Lembro-me de minha mãe, ainda menino, chegando em casa
com cestas abarrotadas de alimentos – o necessário para manter uma família
simples, de oito irmão. Tempos de glória, de bênçãos, quando as crianças desenhavam
e pintavam o mapa do Brasil com cores vivas porque apostavam na vivacidade do
amanhã. A cara do futuro tinha o calor do sol e a intensidade da luz.
Não se
trata da apologia fantasiosa do esplêndido, mas a mais cristalina verdade dos que
tiveram a oportunidade de sonhar. E o que virá parece obscuro e se assemelha à
velha frase: “Meu coração está sombrio demais
para acreditar no amanhã”.
O que se ouve e o que se vê através de imagens
chocantes são atos de agressões, comportamentos desrespeitosos – ônibus incendiados,
patrimônios públicos destruídos – e pessoas mergulhadas no abandono de si
mesmas. Se sentem órfãos dos que garantiram que estenderiam as mãos quando fosse
necessário.
A sensação é de que o brasileiro não encontra a saída, ficou refém de
um labirinto sem combustíveis, com alimentos básicos tabelados nas alturas e de “otras
cosas”.
Alguém entrou na orquestra com o violino desafinado e incomodou o
maestro que culpou os músicos, que, por sua vez acusou o público de aplaudir a
música no final.
O Brasil é exatamente isso: uma orquestra desafinada. Todos
são coniventes com o erro nosso de cada dia. Mas quem seria o é maior culpado? Você?
Eu? O vizinho? Talvez, quem sabe, seja o cachorro que latiu na hora indevida.
O povo brasileiro
não merece pelo o que está passando. Já enfrentou tantas batalhas, mas, verdade
seja dita, torna-se responsável pela conduta nas próximas eleições. Por favor,
trocar o voto por um quilo de alimento, por uma dentadura nova pode provocar
novos tsunamis no país! Que prevaleça o bom senso e a certeza de que não se
negocia com hipocrisia! Sejamos pessoas melhores!
Walther Alvarenga
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