Arthur Medici morre após ataque de tubarão |
Ninguém
poderia supor que o jovem Arthur Medici, de 26 anos, que trabalhava como entregador
de pizza em
Revere, cidade de 53 mil habitantes em Massachusetts – EUA – fosse perder a vida após ser atacado por um
tubarão em Cape Cod, no litoral do estado.
Arthur, natural de Vila Velha,
no Espírito Santo, adorava
surfar e aproveitou o dia ensolarado do último sábado para praticar o esporte,
mas se afastou muito da margem da praia e sofreu o ataque inesperado. O surfista ignorou os avisos de cuidado. E apesar
dos socorros, morreu a caminho do hospital.
Novela do Itamaraty se repete - E vem o momento mais cruel para a
família no Brasil: o traslado do corpo. O Itamaraty não possui um fundo de
ajuda a brasileiros que morrem tragicamente no exterior – essa novela se
arrasta –, e isso traz decepção e desconforto para os parentes.
Surfista ignorou avisos de cuidado de placas |
Resultado disso? Os próprios brasileiros que residem em Massachusetts – com ajuda da família no Brasil fazem "vaquinha" para pagar os custos. Tentam arrecadar dinheiro para trazer o corpo do Arthur
para o Brasil.
O padrasto do Arthur confirmou em entrevista que o rapaz estava
surfando no momento em que foi atacado pelo tubarão. O golpe foi fatal.
Todas as
praias da região do parque de Newcomb Hollow Beaching, onde ocorreu o ataque,
estão fechadas para investigação.
“Os ataques de tubarões não acontecem com
tanta frequência, apenas houve um recente aumento nos incidentes”, disse o
diretor da Cape Cod National Seashore, Chris Hargrove, em entrevista ao canal de
televisão norte-americano NBC.
“Há mais tubarões por causa da grande
concentração de humanos e de focas, que são a principal fonte de alimento para
os grandes tubarões brancos”, acrescentou.
Os ataques de tubarão na região
nordeste dos EUA não são comuns, mas em julho deste ano, dois
adolescentes foram atacados no mesmo dia, em uma mesma faixa litorânea, no
estado de Nova York. Nenhum dos dois sofreu ferimentos mais graves.
Arthur
tinha ido aos EUA para estudar Engenharia e adorava atividades ao ar
livre e esportes, como o surf. E fica uma questão indefinida: o Itamaraty vai
continuar omisso até quando? Na hora mais precisa, que deveria ter o apoio do governo Federal, como acontece com imigrantes em outros países, são os brasileiros que enfiam as mãos no bolso para resolver a situação. Lamentável!
Walter Alvarenga
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