O controle remoto nos induz a uma sucessão de eventos televisivos, seja no entretenimento ou no jornalismo. 


Os dedos não param, e às vezes nos deparamos com situações calamitosas. Não vejo novelas há um bom tempo, mas no capítulo de ontem de “A Força do Querer”, na Globo, algo chamou a atenção. Parei com o pula a pula de canais para observar melhor o que assistia.

Exerci o papel do colunista de Variedades – função que ocupei durante vinte anos na Rede Metropolitana de Jornais – Folha e Metronews, em São Paulo. 

O meu trabalho conciso e crítico, me permitiu ser convidado para integrar o júri do “Troféu Imprensa”, comandado por Sílvio Santos, no SBT, durante dois anos. Sou despojado do olhar inocente dos apaixonados pelo produto novelístico, que às vezes não percebem o lobo dentro da sala da sua casa, pronto para abocanhar as pessoas que amamos. 

A trama de Glória Perez é apologia ao crime organizado, exaltação à facção criminosa do Rio de Janeiro, envolta por assassinatos, estupros e, evidente, tráfico internacional de drogas. A temática polêmica – que sutilmente esfacela a família - é ostentada por luzes coloridas, sons mirabolantes, homens empunhando fuzis e Juliana Paes, anestesiando o seu senso crítico.

 A personagem da atriz é um invólucro que exalta o sombrio, enaltece a mentira, empurrando a família brasileira para o abismo. Diria, o demônio colorido! 

O conceito seletivo está contaminado no Brasil, banalizando pessoas do bem. Muitas decisões que tomamos são influenciadas por fatores dos quais não temos consciência. 

A psicóloga Jennifer McKendrick, da Grã-Bretanha, concluiu, em um estudo, que o simples fato de um supermercado tocar uma música ambiente francesa ou alemã fazia as pessoas comprarem vinhos desses países - mensagem subliminar. Imagina o estrago que a novela vem provocando no psicológico do seu lar doce lar. 

Pensou nisso? Acho tudo isso uma sacanagem com o povo brasileiro, fadado a armadilhas ardilosas. Cuidado, já dizia o bom mineiro, quem avisa amigo é!!! 

Por: Walther Alvarenga

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