Povo pede novas eleições para tirar país do "buraco" |
Situação crítica do país encolhe salários dos
trabalhadores
Agrava-se a situação da Venezuela e o Presidente da
Comissão de Finanças do parlamento venezuelano, o economista José Guerra,
alertou nesta terça-feira que a situação venezuelana se agravará nos próximos
meses e que a inflação atingirá os 1.000% em finais de 2017.
"A inflação atual (últimos sete meses) é de 249%,
mas a tendência é de atingir os 1.000% para final de ano. É a inflação mais
alta do mundo, que está encolhendo o salário e a capacidade aquisitiva do povo
venezuelano", disse Guerra.
A situação é de extremada precariedade, com os
preços subindo devido à "criação de dinheiro inorgânico" pelo Banco
Central da Venezuela, por instruções do executivo.
Com relação ao sistema de controle cambial que
desde 2003 vigora no país e que impede a livre obtenção local de moeda
estrangeira, recomendou ao Governo flexibilizar e transformar as três taxas
oficias numa só.
"Unificar os tipos de câmbio, flexibilizar o
controle de preços, ir aos mercados internacionais, refinanciar a dívida
pública, travar a impressão de dinheiro e aplicar uma nova política
petrolífera", sugere o economista.
Nas prateleiras dos supermercados os produtos alimentícios sumiram |
Por outro lado, explicou que "é
dramática" a situação da empresa estatal Petróleos de Venezuela S.A.
(Pdvsa), porque a produção está em queda há 10 meses e a companhia está
"altamente endividada".
"A dívida com fornecedores locais e
estrangeiros é praticamente de 20 mil milhões de dólares", frisou,
precisando que a produção diária seja de dois milhões de barris de petróleo,
dos quais entre 500 mil e 600 mil destinam-se ao consumo interno.
Walther
Alvarenga
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