Capa irrita espanhóis: "desrespeito". |
A charge e manchete
de capa consideradas “desrespeitosas”
O jornal francês
Charlie Hebdo continua polêmico, com seu humor ácido e desrespeitoso. A capa do
último número do satírico jornal, alusiva ao ataque terrorista na Praça La Rambla,
em Barcelona - 15 mortos e 100 feridos -, deixou os espanhóis revoltados e
houve críticas pelo o que eles consideraram “falta de respeito com os mortos e
feridos”.
Na capa pode ser
ver dois cadáveres e uma van se afastando, e traz a manchete: “Islã, religião
de paz...eterna”. Isso irritou os moradores de Barcelona, chamando a atenção das
autoridades do país, em se tratando de um jornal de expressiva circulação na
Europa.
Momento do ataque terrorista na redação do jornal em Paris |
Mas o Charlie Hebdo
continua o mesmo, sarcástico e colocando o dedo na ferida com charges que geram
polêmica. Mas todos sabem que o humor do semanário, às vezes vulgar e
apelativo, tem a característica de provocar.
Essa provocação, no
entanto, custou avida de profissionais do jornal, quando em 7 de janeiro de 2015
terroristas armados invadiram a sede da redação em Paris e mataram 12 pessoas, incluindo
renomados redatores e desenhistas.
Redatores e desenhistas que foram mortos por terroristas |
A provocação foi devido
à capa com a caricatura do Profeta Maomé, que os muçulmanos consideraram extremamente
ofensiva.
São poucas as
religiões ou instituições que saem ilesas dos pincéis dos caricaturistas
do Charlie Hebdo. Em suas páginas
apareceram desde o pai, o filho e o espírito santo da religião cristã
praticando atos sexuais, até uma sátira de Aylan, o menino sírio encontrado
morto em uma praia da Turquia.
Inclusive, depois
da eleição de Emmanuel Macron como presidente da França, foi publicada uma
caricatura de Macron e sua esposa, Brigitte, grávida. A chamada de capa dizia:
“Fará milagres!” Brigitte, Macron, tem 64 anos, 24 a mais que seu marido”.
Presidente francês Emmanuel Macron foi satirizado pelo jornal |
Walther Alvarenga
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