A disputa pelo profissional do volante é acirrada em Munique 
 Munique está busca de 200 profissionais que falem alemão

A Alemanha está em busca de motoristas: você terá benefícios e bom salário. Está em falta profissionais do volante no mercado e isso faz com que os departamentos de recursos humanos disputem pessoas capacitadas para preencher as vagas. Uma oportunidade e tanto, mas é necessário alguns requisitos para trabalhar, por exemplo, em Munique.

Charlotte Jakobi-von Müller comparece às feiras de empregos como quem vai caçar uma espécie em extinção. Ela é chefe de recursos humanos da empresa municipal de transportes de Munique está à procura desesperada de trabalhadores. Faltam 200 motoristas que falem o alemão e que estejam dispostos a ganhar 2.580 euros brutos (cerca de 9.600 reais).

Ao contrário do que se pensa, é ela, Charlotte, que precisa ir à rua em busca de candidatos. “Aqui ninguém procura emprego porque todos têm. É muito difícil encontrar motoristas". 

Cartazes são expostos em busca de motoristas
Sua missão, explica, forçosamente precisa ser muito criativa. Chegou a fazer centenas de cartazes, que foram colocados em vários pontos de Munique com os seguintes dizeres: “Precisamos de você”.

A falta de mão de obra qualificada em determinados setores é um problema que afeta toda a Alemanha, um país cuja economia cresce enquanto a pirâmide demográfica envelhece.

 Nunca antes, desde a reunificação alemã que o desemprego havia sido tão baixo – 5,8% – num mercado de trabalho que se encontra em plena expansão.

Uma conjuntura econômica internacional favorável e a bateria de reformas trabalhistas postas em movimento são, na opinião de numerosos especialistas, as chaves do sucesso laboral alemão e ao mesmo tempo a causa de suas fraquezas.

Na pujante Baviera, com 3,2% de desemprego, a escassez de trabalhadores é particularmente aguda. Segundo as previsões da câmara de comércio bávara, são necessários atualmente 230.000 trabalhadores. E o dobro para 2030. Por isso, este Estado federado se tornou uma espécie de laboratório de recursos humanos.

Munique está necessitando urgente de motoristas
Há empresas que dão bônus para pagar academia ou um carro a seus trabalhadores. Oferecem também viagens e atividades de lazer com os companheiros de trabalho, ou ajuda para encontrar casa a bom preço.

Outros empregadores se esforçam para convencer os mais velhos a permanecer em suas vagas de trabalho depois da idade da aposentadoria.

Pensar que a chegada de mais de um milhão de refugiados nos últimos dois anos ajudará a aliviar o problema não é realista, pelo menos em curto e médio prazo. Aprender o idioma leva tempo, e falta que os perfis dos que chegam sejam compatíveis com o que é oferecido, concordam os analistas.

Walther Alvarenga


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