O dinheiro nosso de cada dia na mala do Geddel |
A montanha-russa da corrupção no
Brasil ganha novas proporções
O montante de 51 milhões de reais em dinheiro
vivo, deles 8,3 milhões dólares, que foram encontrados pela Polícia Federal escondidos
em um bunker do ex-ministro Geddel Vieira Lima,
foi o ponto máximo dos escândalos de corrupção no Brasil.
Se para o brasileiro as
nove malas e sete caixas abarrotadas de notas de 100 e 50 reais causaram
indignação, a imagem que percorreu o mundo deixou perplexa autoridades e
cidadãos na Europa, nos EUA e na Ásia.
E o que se questiona é o seguinte:
Como é possível alguém – que fez parte do alto escalão do governo -, deter
tanto dinheiro, em espécie?
A situação do Brasil é preocupante com o Rio de
Janeiro “quebrado” –os pagamentos de funcionários públicos estão em atraso
desde dezembro de 2016 -, além do índice de violência que atinge patamar assustador.
Uma sucessão de problemas sem solução, mas tantos milhões à mercê de mãos
escusas.
Notas de 50 reais em malas da corrupção no Brasil |
O presidente Michel Temer (PMDB)
fica muito mais encrencado depois que a Polícia Federal descobriu que um de
seus principais aliados e correligionários, o ex-ministro Geddel Vieira Lima estava de posse de tantos milhões. Como ele explica isso?
Sete máquinas
de contagem de dinheiro trabalharam sem parar para registrar o quanto havia nas
nove malas e sete caixas de notas de 50 e 100 reais, apreendidas em Salvador,
além dos dólares (2,688 milhões na moeda norte-americana)
Rodrigo Janot que presidiu nesta terça-feira sua última sessão como presidente do Conselho
Superior do Ministério Público Federal – mandato encerra em 17 de setembro -, denunciou
no Supremo Tribunal Federal por organização criminosa oito políticos petistas,
incluindo os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, a senadora Gleisi Hoffmann, presidenta
do PT, o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e os ex-ministros Antonio
Palocci, Paulo Bernardo, Edinho Silva e Guido Mantega.
Ex-ministro Geddel Vieira Lima, principal aliado do presidente Temer. |
E não
bastassem as denúncias de Janot para que malas de dinheiro entrassem em cena,
protagonizando o cenário político do país, espalhando indignação mediante a transação
assombrosa que coloca o Brasil no ranking entre os mais corruptos. O país é uma
montanha-russa desordenada.
Até o
presente momento não souberam explicar a origem do dinheiro e quem poderia tê-lo
transportado ao “muquifo” milionário de Geddel. Também não se conta para onde
seria ele enviado, caso os federais não o encontrassem. No Brasil é assim
mesmo: tudo acontece, mas nada se explica.
Walther
Alvarenga
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