Seguir o destino é colocar os pés nas alturas, desafiar inconvenientes.
Em algum ponto do país a saudade do filho amado que partiu.

O mundo deveria ser um lugar para todos – de todos -, indistintamente, sem fronteiras ou exigências – me refiro à documentação. Cada qual faria a sua escolha, de viver onde quer que fosse, no momento conveniente.

As leis impetradas pelo próprio homem impõem condições, estabelecem barreiras e a bola azul do planeta Terra está demarcada por fronteiras.

Todos os espaços estão preenchidos e cada território tem o seu regulamento. E que ninguém ouse vandalizar ou afrontar o que é tido como encargos estabelecidos pelo alto comando. Cada qual no seu “quadrado”.

A foto de dois jovens brasileiros escondidos no porta-malas de um carro, tentando entrar nos EUA – estampada em jornais dos EUA -, traduz a desastrosa falta de planejamento do Brasil.

Neste exato momento algum brasileiro está deixando o país
Eles – os rapazes – não têm culpa. Falta perspectiva por aqui, e o que não encontramos em casa, procuramos na casa vizinha. O horizonte nebuloso distorce o que consideramos futuro.

Até quando o Brasil continuará perdendo mão de obra de jovens para os EUA? E o que temos como consolo? Um bando de loucos – homens desajustados, fadados à duplicidade de caráter -, dando as regras em Brasília, a Capital da sodomia.

Eles - os políticos – também não são culpados porque insistimos em deixa-los lá. Temos grande parcela da culpa nessa história carregada de personagens vilões.

Esperar não é algo que devemos fazer. O instinto, a decisão, é como uma pontada profunda, que nos empurra às resoluções.  Sei disso – você também está ciente -, então façamos a nossa parte.

Não devíamos fugir do predador, mas sim enfrenta-lo! 

Gostaria - de verdade – que o Brasil não liderasse estatística de brasileiros ilegalmente nos EUA, mas não há como alterar os fatos.

O essencial seria que todos voltassem para casa. Entretanto, a conduta de nossos governantes é duvidosa, e nos coloca na corda bamba. Estamos em perigo.

Que bom seria se tantas mães e tantos pais não precisassem se despedir. Utopia dizer isso, mas seria uma benção ter todos por aqui.

Nesse exato momento, em algum lugar do mundo, tem brasileiro trabalhando. Nas estações de trem ou mesmo na sala de embarque de algum aeroporto, há jovens com as mãos geladas, segurando seu passaporte, indo embora do Brasil. Leva na bagagem a coragem.

A todos os imigrantes no mundo, aqueles que deixaram suas famílias e partiram em busca do sonho, o meu abraço! Aos pais que perderam seus filhos no deserto, longe de casa, as minhas condolências.

Aos governantes do nosso país peço bom senso, seriedade e o respeito que todos nós, cidadãos brasileiros, merecemos.

Walther Alvarenga


   


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