Ataques de vampiro obrigou ONU suspender trabalhos em Malawi |
Onda de
violência aumenta e milícias matam moradores, vampiros.
Depois da
série Crepúsculo, e de tantos outros filmes sobre Drácula, a onda de boataria sobre
ataques de vampiros envolvendo os moradores da República do Malawi, na África,
tem assustado muita gente. É mesmo uma história do outro mundo, que vem ficando
séria, mediante aos eventos constantes, com mortes na busca de supostos
vampiros.
A ONU disse ter retirado funcionários de dois distritos no
sul do Malawi, onde a busca por vampiros levou á violência que provocou a morte
de seis pessoas.
Autoridades dos distritos de Mulanje e Phalombe falam com moradores |
Malawi é um dos países mais pobres do
mundo e a crença relacionada com a feitiçaria é bastante comum nas zonas
rurais. O medo da existência de vampiros por parte da população rural originou
cenas de horror, com moradores assassinados por milícias.
O Departamento de Segurança das Nações
Unidas disse que os distritos de Mulanje e Phalombe foram “severamente
afetados pelas histórias sobre sugação de sangue e pela possível existência de
vampiros”.
Até mesmo as crianças não têm sido poupadas de ataques |
A polícia anunciou ter detido 140 suspeitos de
matarem moradores, alegando acreditarem no boato – ataques de vampiros - que
teria começado em Moçambique
“A minha neta estava com o filho que levava um saco
às costas e um casaco com muitos bolsos. Assim que a multidão os viu, pensaram
que eram vampiros e começaram a espancá-los”, diz a mãe e avó das vítimas.
A crença em feitiçaria tem crescido neste país
africano. O medo de vampiros afeta sobre tudo os distritos de Mulanje e
Phalombe.
A comissária Reighard Chavula, explica. “Os
moradores acreditam que feitiçaria e magia não devem ser contestadas, que devem
ser consideradas como verdadeiras, e isso, associado ao medo, torna-se num
terreno fértil para a violência”, conta.
Walther Alvarenga
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