Até mesmo nas escolas a Internet é limitadíssima para os alunos |
A cibercensura é uma realidade que
cerceia o direito do cidadão africano
À medida que vem sendo
adotada por 12 países da África nos últimos dois anos trouxe um impacto econômico
negativo superior a 200 milhões de euros. A
cibercensura é cada vez mais uma realidade em África.
Desde 2015, pelo menos 12 países
africanos limitaram o acesso à internet dos seus cidadãos, nomeadamente em
momentos de contestação popular ou em eleições.
O impacto desta restrição é não só
social, mas, sobretudo, econômico, causando prejuízos.
Cidadãos de Camarões e do Togo têm tempo limitado para Internet |
Os Camarões e o Togo são os mais
recentes membros da lista de países africanos a condicionar o acesso a
Internet. Uma situação que ocorre com o silêncio da comunidade internacional,
de acordo com Julie Owono, diretora executiva da organização Internet Sem
Fronteiras.
"Ainda estamos aguardando uma
posição da França ou uma posição da União Europeia, que são parceiros
importantes dos Camarões. O mesmo se passa com o Togo, ainda não ouvimos a
comunidade internacional manifestar-se contra a cibercensura”, alerta Julie.
Africanos reclamam da violação dos direitos humanos |
“É preocupante, porque não é só
limitar o acesso à Internet, é também o indicador de violações mais graves dos
direitos humanos”, afirma.
De acordo com o relatório da CIPESA, a
Coligação para as Políticas Internacionais de Tecnologias de Informação e
Comunicação para a África Oriental e Austral, apresentado na última semana.
Esta prática tem consequências negativas na vida
das pessoas, no lucro das empresas, no PIB e na competitividade dos
países.
Walther Alvarenga
Postar um comentário