Donald Trump não divulga documentos sobre assassinato de Kennedy |
São 300 documentos que o republicano alega “segurança
nacional”
O presidente Donald Trump autorizou a divulgação de
2800 dos cerca de 3100 documentos ainda em segredo, relacionados com o assassinato
de J. F. Kennedy em Dallas a 22 de novembro de 1963.
Donald Trump aprovou nesta quinta-feira a
divulgação de documentos relacionados com o assassinato do presidente dos
Estados Unidos, J. F. Kennedy, ocorrido, em Dallas, por Lee Harvey Oswald.
Dos cerca de 3100 documentos ainda classificados, e
que representam apenas 1% do total da documentação resultante da investigação,
foi autorizada a publicação de 2800 materiais.
John Kennedy foi assassinado em Dallas, em novembro de 1963. |
Quanto aos restantes, segundo a Casa Branca, o
presidente "não tinha outra opção" que mantê-los em segredo por
razões de "segurança nacional", pelo menos durante mais seis meses.
Neste período de tempo, irá realizar-se uma revisão
cuidadosa do seu conteúdo, defendendo Trump que a grande maioria dos cerca de
300 documentos deve ser divulgado.
A pressão para estes documentos não serem
divulgados teria partido da CIA e do FBI, agências na origem da maioria dos
documentos que faltavam divulgar.
Trump indicou desde o início que não vetaria a
divulgação dos documentos e ainda na última quarta-feira, publicou uma mensagem
na sua conta de Twitter, afirmando que iria realizar-se a "tão
antecipada" publicação dos documentos, que classificou como "muito
interessantes!".
Lee Harvey Oswald, apontado pelo FBI como assassino do presidente. |
A morte do presidente Kennedy, então com 46 anos,
foi sempre centro de diferentes teorias da conspiração, nomeadamente se Oswald
atuou sozinho e qual o envolvimento de estrangeiros, da própria CIA ou de
grupos do crime organizado no assassinato.
Oswald foi detido pouco depois dos tiros fatais,
sendo acusado do homicídio de Kennedy. Dois dias depois, Oswald é morto a tiro
nas instalações da polícia de Dallas por um proprietário de um clube noturno, Jack
Ruby.
Os resultados da investigação inicial, divulgados
em 1964, apontaram para a atuação isolada de Oswald e de não haver qualquer
ligação dele ou de grupos "internos ou estrangeiros".
Investigações posteriores concluíram pela ausência
de provas de um envolvimento da CIA e, em geral, confirmaram as conclusões do
trabalho de 1964.
Numa dessas investigações, de uma comissão da
Comissão dos Representantes, concluiu-se ainda pela "alta probabilidade de
serem os dois os atiradores que alvejaram o presidente Kennedy". (Walther Alvarenga)
(Momento do assassinato de John Kennedy, em Dallas. Imagens fortes)
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