Foi um Deus no acuda e 37 ficaram feridos durante turbulência |
No
meu diário de bordo confesso, tive calafrios quando soube do fato.
Não é nada fácil ao afivelar o cinto numa viagem
internacional. É notável o olhar de preocupação – disfarçado com um
sorriso – daquele desconhecido que se senta na poltrona ao seu lado para
cumprir o mesmo destino. Ambos, acredite, estão tensos. É entregar para Deus e
seguir em frente.
E quando tomei conhecimento da forte turbulência
num voo da Air Canada com destino à cidade Sidney, na Austrália, com 37 feridos
– as máscaras de oxigênio foram acionadas –, fiquei atônito.
Nem pensar em estar naquele voo porque, verdade
seja dita, dá arrepios em tentar supor pelo que passaram os respectivos
viajantes, 269 passageiros. Soube que pessoas voaram – isso mesmo. Tudo foi
para os ares.
Confesso a você, leitor do BLOG, todas às vezes que vou para os EUA, na
noite anterior ao voo, não consigo dormir. E quando faço o Check-in
e a atendente da companhia aérea pede um telefone de contato, no caso de
emergência ou acidente, sinto calafrios.
Momento tenso na hora de decolar. Se segura! |
O
momento mais crucial é quando a aeronave levanta o voo. Entediante. É como se a
alma saísse pela boca e o coração perdesse a noção de suas batidas. O
metabolismo do corpo fica comprometido.
Parafraseando
o meu amigo mineiro, que precisou de socorro quando no seu primeiro voo, dando
vexame, dizendo que queria descer – imagine o avião já estava nas alturas. E
ele me confessou o seguinte: “não passava nem agulha”. Suou frio e quase
desmaiou. Exagero? É medo mesmo!
E
voltando à turbulência no voo da Air
Canada, digo o seguinte: foi tenso. Não, eu não estava na aeronave – graças ao
bom Deus –, mas após 30 anos viajando para os EUA, Europa e até mesmo o Oriente
Médio, digo, sem dúvida, que alguém entre os passageiros, no desespero,
prometeu nunca mais voar. E o que você acha?
Walther Alvarenga
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