Refugiados acusam polícia de maus-tratos,
gerando revolta e incêndios
Pelo menos duas pessoas morreram – uma mulher e uma
criança –,
e várias ficaram feridas no incêndio que ocorreu
no acampamento de refugiados de Moria, na Grécia – com superlotação –, na ilha de
Lesvos. Foi um cenário de horror, com pessoas tentando escapar das chamas que
tomaram o lugar. Fala-se que o fogo teria sido ateado pelos próprios imigrantes
um durante confronto.
Para que você, leitor do BLOG, tenha noção
da superlotação do acampamento e das condições subumana em que vivem os
refugiados, ali amontoados, existem 13 mil imigrantes no lugar em instalação com
capacidade para abrigar três mil refugiados.
Revoltados, os refugiados denunciaram a forma
truculenta com que foram tratados pela polícia local, que não respeitou
mulheres e crianças, agindo de forma arbitrária, na tentativa de tomar o
controle da situação.
Confronto entre refugiados gera incêndios no acampamento |
As autoridades gregas, preocupadas
com a segurança dos refugiados e com a repercussão negativa perante a opinião
pública, destacaram reforços para tentar socorrer as vítimas em meio aos
confrontos e chamas.
Policiais de Atenas foram enviados em
helicópteros ao local para tentar acalmar os ânimos. Crianças ficaram sufocadas
com o volume de fumaça, e refugiados ficaram feridos – pisoteados no
corre-corre.
Imigrantes vivem em condições subumanas |
O vice-ministro do Interior Lefteris
Oikonomou, e um ex-chefe da força policial helênica chegaram à ilha às pressas.
Segundo Oikonomou, grupos de imigrantes brigavam entre si, ateando fogo em dois
pontos do acampamento –fora e outro dentro.
Atraso dos bombeiros
Segundo os
refugiados, os bombeiros chegaram com atraso de 20 minutos após serem
comunicados do incêndio.
Os imigrantes, principalmente
afegãos, pediram para serem transferidos. A raiva rapidamente se transformou em
uma revolta no acampamento, que desencadeou afronta entre grupos ali estabelecidos.
Testemunhas relatam que uma mulher e
dois filhos morreram sufocados pelas chamas em barracas. A imprensa da
Grécia, no entanto, fala de duas vítimas, referindo-se a uma mulher e uma
criança.
Walther Alvarenga
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