Por que autoridades de saúde no Brasil demoraram tanto para divulgar?
Vejo com muita estranheza a divulgação por parte das
autoridades de saúde do Brasil a confirmação de pessoas contaminadas pelo
coronavírus – passageiros de um voo da Itália para São Paulo –, apenas na
quarta-feira de cinzas – ou no final da terça-feira de Carnaval –, quando o
desastre veio à tona.
O que se subentende é que a estratégia dos
responsáveis pela saúde no país era de que as pessoas pulassem o Carnaval – se
esbaldassem à vontade –para, então, dar o veredito final!
Quero deixar bem claro que não faço parte de partido
político, mas como jornalista minha função é questionar. E a questão é: por que
autoridades de saúde omitiram o fato? Só falaram de contaminação do coronavírus
– caso confirmado no Brasil – quando a folia estava na reta final?
É o mesmo que dizer ao palhaço do circo – ‘Olha,
falta o picadeiro, mas o que interessa é indumentária colorida, que distrai.
Palhaçada esconde a deficiência do espetáculo!
É como pensam de nós, brasileiros, instrumentos de
manobras: - Dê pão e circo ao povo e só conta a verdade quando todos estiveram satisfeitos
com a falácia do Carnaval!
Vejo com certa preocupação os excessos cometidos
pelos jovens brasileiros – falo dos dias de Carnaval –, circulando pelas ruas
de copo na mão, olhar vazio e sorriso apático à gravidade do que nos cercam. A ignorância pode ser tão profunda que sequer a
percebemos ou a sentimos.
É um Brasil com deficiências na precisão da informação
– não por parte da imprensa, que isso fique claro –, mas por culpa de um grupelho
de articuladores que oculta à realidade, reprime
sua liberdade, diminui sua capacidade de compreensão e de ação.
Lá se foram às distrações do
Carnaval, e, agora, a pedra no sapato de todos é que o Brasil pode ter mais casos
de brasileiro infectados pelo coronavírus – ou Covid 19, como você preferir.
Tem gente ainda limpando a
purpurina do pescoço, preocupado com as notícias que chegam sobre os efeitos do
coronavírus no Brasil – a meu ver tardias. Voos continuam aterrissando nos
aeroportos brasileiros, vindos da Itália, da China e a questão é única? E
agora, José?
Walther Alvarenga
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