Carta de Van Gogh e Gauguin é disputada em leilão de Paris |
Foi um dos
momentos mais esperados durante leilão em Paris, quando a única carta conhecida foi disputada a peso de
ouro – arrematada por 210.000 euros (1.222.200 reais). O nome do colecionar milionário,
evidente, foi omitido a imprensa.
Mas o que
tem de tão importante na carta escrita à mão pelo pintor holandês,
Van Gogh, conhecido
por seu temperamento difícil e possíveis transtornos psiquiátricos? O pintor
francês Paul Gauguin disse exatamente o quê de Van Gogh na
carta?
Pasme, leitor do BLOG, a valiosíssima carta endereçada ao pintor
Émile Bernard, figura-chave do movimento pós-impressionista, relata a ida de Van Gogh e Gauguin a bordeis. A correspondência foi
escrita na cidade francesa de Arles, onde o pintor holandês vivia desde
fevereiro de 1888.
A carta fala das
prostitutas da época, enfocando as impressões de Van Gogh sobre Gauguin,
descrevendo-o como uma "criatura intocada com os instintos de um animal
selvagem".
"Com Gauguin, sangue e sexo têm uma vantagem
sobre a ambição", afirmava Van Gogh, antes de contar algumas das viagens
com Paul Gauguin.
"Fizemos algumas excursões nos bordéis e é
provável que acabemos indo para lá com frequência para trabalhar",
escreveu Van Gogh.
"Atualmente, Gauguin está pintando uma tela
sobre o mesmo café noturno que já pintei, mas com figuras vistas nos bordéis.
Promete tornar-se uma coisa bonita", frisa.
Van Gogh também discute a intenção de criar uma
associação de artistas. E Gauguin continua com uma mensagem mais curta na
terceira e quarta páginas. "Não dê ouvidos a Vincent", escreveu,
"como você sabe, ele é propenso a admirar e diz ser indulgente".
Na verdade, é um insight imoral de Van Gogh e Gauguin imortalizado na célebre carta que retrata a intimidade de dois gênios da pintura.
Walther Alvarenga
#NãoSaiadeCasa
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