Faca de cozinha pode abrir caminho para algo mais drástico


 Rapaz vestido de preto queria a presença da jornalista Renata Vasconcelos, âncora do "Jornal Nacional", mas o contexto, que felizmente acabou bem, abre precedentes perigosos no futuro. Compromete a liberdade de expressão!

A disseminação do ódio entre poderes em Brasília, confrontando-se interesses entre partidos políticos, noticiários da Globo e o alto escalação do Palácio do Planalto, é hoje um caldeirão de pólvora. O embate do gigantismo, nivelado pela imprudência de alguns e altruísmo de outros, coloca em risco a segurança nacional, incitando seguidores ao “matar ou correr”, espalhados pelas redes sociais, alucinados no vasto corredor da eloquência irresponsável.  De quem é a culpa?

E o que se viu nesta quarta-feira, quando na invasão dos estúdios da Rede Globo, no Rio de Janeiro, foi um estrago nacional. Um sujeito, vestido de preto, munido de arma branca – faca de cozinha –, fez refém uma repórter, exigindo falar com a jornalista Renata Vasconcelos, âncora do "Jornal Nacional". 

A cena foi rápida – diria patética –, mas que percorre o mundo, mostrando o nosso Brasil desgovernado no âmbito democrático, quase sem fôlego no combate à Covid-19.

No comparatismo entre razão e intolerância, prevalece o se pode determinar de nanismo governamental – metas contaminadas –, pois não há consenso entre os membros da orquestra, por ora executando obras desafinadas, mesmo com a partitura em mãos – Constituição –, indicando notas – Leis –, em caminhos contrários.

Evidente que há o direito de expressão – o poder da Comunicação –, no entanto, a Globo, sem julgamento ou posição partidária, exagera nos ataques ao Presidente Jair Bolsonaro, que, por sua vez, não releva, então “solta os cachorros”. Isso abre precedentes perigosos, mesmo entre pessoas comuns, nas ruas.

Detalhe: nos agradecimentos à solidariedade recebida de todo o país diante do incidente, o âncora William Bonner – na edição do “Jornal Nacional” – sequer mencionou o presidente, deixando dois pontos em questão: que a “briga” com o Planalto continua, e que a Globo precisa – urgente – reforçar a segurança, não ser vulnerável.

Nos últimos meses, o que temos visto na televisão é o “round” entre Globo x Bolsonaro. Uma luta acirrada que se espalha pelo país – mesmo no exterior –, contaminando os chamados “desequilibrados de plantão”. E o que acontece? Pessoas que criam oportunidades ilusórias e que se  manifestam inescrupulosamente, caso do rapaz vestido de preto.

O episódio da invasão à Rede Globo terminou bem, felizmente, mas acende o alerta para questões mais sérias no futuro próximo, ou seja, dos exemplificados “desequilibrados de plantão”, que podem exigir coisas mais sérias, com resultados drásticos! Lembra-se do episódio do "Porta dos Fundos"?

Walther Alvarenga

#NãoSaiadeCasa    




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