Os aeronautas aceitaram a terceira proposta apresentada pelas empresas aeroviárias e decidiram encerrar a greve que começou segunda-feira passada (19)

Fim do pesadelo para os passageiros que pretendem viajar para as festas de passagem do ano. Depois de dias de irritação e bate-boca com os atrasos e cancelamentos de voos, formando filas nos principais aeroportos do Brasil, a situação começa a se normalizar.

Acontece que os aeronautas aceitaram a terceira proposta apresentada pelas empresas aeroviárias e decidiram encerrar a greve que tinha sido suspensa neste fim de semana – eram duas horas de paralisação diárias, das 6 às 8h.

A categoria votou, de forma virtual em pleito aberto no site do “Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA)” e decidiu pela suspensão da greve, aceitando o acordo proposto pelas companhias aéreas.

Dos 5.834 votos, 70,11 % foram a favor da proposta, 28,8% rejeitaram e as abstenções atingiram 1,09%.Descrição: https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1499858&o=nodeDescrição: https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1499858&o=node

Para a renovação da “Convenção Coletiva de Trabalho (CCT)” da aviação regular, as empresas propuseram 6,97% de reajuste pelo INPC nos salários fixos e variáveis.

O percentual inclui 1% de ganho real e vai incidir também nas diárias nacionais (R$ 94,96), além de vale-alimentação no valor de R$ 495,50, piso salarial, seguro e multa por descumprimento da convenção. Os reajustes propostos não incidem nas diárias internacionais.

Em relação à reivindicação da categoria relacionada ao respeito às escalas de trabalho, a proposta define o horário de início das folgas e indenização por descumprimento por parte das empresas, como também a possibilidade de início de férias em sábados, domingos e feriados.

Os aeronautas concordaram com uma multa de R$ 500 por mudança de escala que invada o dia de folga do tripulante.

Quando a greve começou na segunda-feira passada (19), a categoria queria recomposição salarial pelo INPC com aumento real de 5% acima desse indicador.

As empresas admitiam apenas 0,5% de ganho real e ainda propuseram a venda de folgas, o que causou indignação pela exaustão que os aeronautas reclamavam diante do cumprimento de horários nem sempre conforme o planejado.

Walther Alvarenga

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